Durante mais de trinta anos esta casa abrigou os meus pais. Por isso, de algum modo, ela acabou se tornando a minha “Macondo” ou o meu “porto seguro”. Digo isso, porquanto além dos meus pais, eu entendo que ali residiram também muitas esperanças, alguns temores, sonhos a serem realizados e o que mais fizer parte da cota de afeto que um filho consegue construir ao visitar os seus pais.
Hoje, por certo, a “Colina Joan Miró” existe apenas no imaginário dos filhos e amigos. Contudo, resistindo a toda sorte de “desconstrução” que a vida impiedosamente prega, eu continuo fiel às lembranças que guardei daquela casa. Mais do que isso, sinto-me grato por tudo que aprendi com os meus pais!
