Literatura: a força de Mario Vargas Llosa.

Tem coisas nessa vida que realmente nos impressionam. Para sempre! E de muitas que eu já vi, por certo, essa foi uma das mais tocantes, minha gente. Pelo tanto de verdade que ela enseja. Pela enorme gratidão que ele teve ao abrir o coração para algo aparentemente singelo.
Quando Vargas Llosa foi receber o Prêmio Nobel de Literatura, vejam vocês, ele começou o discurso assim: “Eu aprendi a ler aos cinco anos, na classe do irmão Justiniano, no Colégio de La Salle, em Cochabamba, na Bolívia. Foi a coisa mais importante da minha vida. Quase 70 anos depois, lembro-me com nitidez como essa magia – transformar as palavras dos livros em imagens – enriqueceu a minha vida, quebrando as barreiras do tempo e do espaço e permitindo-me viajar com o capitão Nemo 20 mil léguas abaixo do nível do mar, lutar junto com d’Artagnan, Athos, Portos e Aramís contra as intrigas que ameaçavam a rainha nos tempos do sinuoso Richelieu, ou arrastar-me pelas entranhas de Paris com o corpo inerte de Marius às costas…”
Meus Deus, que maravilha…
Até hoje, eu tenho gravado na memória o segundo romance dele, intitulado “A casa Verde”, que li quando tinha apenas 17 anos. Depois dele, foi como abrir as comportas e deixar vazar o imenso talento que estava represado.
Abençoado seja, Mário Vargas Llosa!

Vargas Llosa

Publicado por

Carlos Holbein

Professor de química por formação ou "sina" e escritor por "vocação" ou insistência...

Deixe um comentário