Eu tenho lido muitas coisas por aí. Coisas boas e outras nem tanto. Paciência. O certo é que há muita informação truncada e, quem sabe, até mesmo plantada com o objetivo de iludir e influenciar pessoas desavisadas? Sim, é verdade. Essa parece ser a grande ‘sina’ dos tempos modernos: o dom de iludir. Ah, isso me lembra a belíssima canção de Caetano, que diz:
“Não me venha falar na malícia de toda mulher / Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é / Não me olhe como se a polícia andasse atrás de mim / Cale a boca, não cale na boca notícia ruim / Você sabe explicar / Você sabe entender, tudo bem / Você está, você é, você faz / Você quer, você tem / Você diz a verdade e a verdade é o seu dom de iludir / Como pode querer que a mulher vá viver sem mentir…”
O que sei dizer é que foi atribuída ao famigerado Joseph Goebbels, ministro da propaganda da Alemanha Nazista, a frase: “Uma mentira contada mil vezes, torna-se uma verdade!” Pois, agora?! Pode até ser que em determinadas circunstâncias isso se mostre real, lamentavelmente, uma vez que inúmeros exemplos estão aí comprovando tal insanidade. No entanto, ainda que possa ser procedente, isso não nos afasta da percepção de que se trata de uma deformação. Uma grande deformação!
É bem verdade que cabe a cada um de nós ter a devida ‘acuidade’ no acolhimento dessas notícias ou “fake news”, como preferem alguns deslumbrados. Eu, por meu turno, irei sempre preferir a versão de Ariano Suassuna, quando disse: “Não troco o meu ‘oxente’ pelo “ok” de ninguém!”
Aliás, ontem à noite, eu lembrei que completaram 51 anos que o meu amado tio, Holdemar Menezes, recebeu o Prêmio Jabuti. Foi concedido a ele, em 1972, pela Câmara Brasileira do Livro, por conta do seu livro, “A Coleira de Peggy”. Céus… como eu amo aquele livro! De fato, ele me abriu as portas para mundo da literatura e da imaginação. E, de quebra, instigou-me a gostar de escrever…
Sim! Eu me lembrei disso ontem porque acompanhei a apresentação do TCC do meu filho Gabriel. E confesso a vocês que fiquei maravilhado com o bom português utilizado por ele durante a apresentação. De modo seguro e objetivo, Gabriel conquistou o grau dez conferido pela banca examinadora. Ah, para um pai apaixonado pelo filho e pelas letras, não há presente maior nesse mundo. Portanto, parabéns, filho querido!
Hoje à tarde, nós iremos receber em nossa casa os familiares para festejarmos essa etapa vencida por ele. E dessa forma, renovaremos as esperanças de que vale a pena lutar por nossos ideais, sejam eles quais forem. Só assim poderemos perpetuar, com orgulho, a nossa espécie. E mais uma vez eu evoco o pensamento do mestre Ariano Suassuna: “O sonho é que leva a gente para a frente. Se a gente for seguir somente a razão, fica aquietado, acomodado.”
