Eu sou daqueles que acreditam que todo indivíduo deveria ter um período de repouso em seu local preferido. Sim, meus amigos. Seria uma espécie de ‘recompensa ao cidadão do bem, desses que vivem de modo digno e respeitoso nesse mundão de Deus. Justo, né?!
Mas enquanto isso não acontece, o que é uma lástima, nós vamos fazendo a nossa parte. Por isso, escolhi Porto Seguro para o meu ‘retiro espiritual’. Já que aqui eu me sinto reconectado comigo mesmo, com os meus ancestrais que plantaram em mim um esperançoso DNA. Sou grato a todos eles!
Aliás, com o tempo, a gente descobre que ‘família’ é um conceito amplo. Porquanto incorpora um sem-número de criaturas não consanguíneas mas que mesmo assim são irmãos, primos, tios e avós do peito. De coração!
Ontem mesmo, ao passearmos na orla em busca de um restaurante, eu me encontrei com um desses ‘primos’ adotados: o “Xuxa”. Conhecem ele? Por certo que sim. Afinal, quem não se esbarrou com um sujeito feito ele: corpulento, alto e com um sorriso largo e uma fala mansa?
Enquanto esperávamos a comida ficar pronta, eu o percebi solitário, sentado num canto do restaurante. E não resisti em querer confirmar as impressões iniciais. Fui até a mesa dele e falei dessas sensações que narrei acima. Não é que se sentiu acolhido, abraçou-me com carinho e até mostrou as fotos da esposa e da filha universitária. Lindas mulheres que, seguramente, formam com o “Xuxa” uma bela família!
Daí, nós saímos para outra caminhada, plenos de emoção, de fortes energias vindas desse lugar mágico que é Porto Seguro.
E fiquei com aquela certeza gostosa de que tenho muita sorte nessa vida. Recebendo dela muito mais do que mereço ou do que esperava…
Não é que o universo rapidamente conspirou e, sentado no “deck” da piscina, acabo de ouvir Mercedes Sosa entoar o hino da latinidade “Gracias a la vida”. Dizer o quê?!
Obrigado Xuxa… muito obrigado, primo!



